“Aquele Ouriço Despertou Minha Compaixão Por Todos Os Seres”
Meus pais me queriam, todavia brigavam constantemente. Aos quarenta anos, casei-me, e em um ano eu me separei. Assim começou um ciclo muito escuro. Não sabia o que fazer com a minha existência e me fechei como um ouriço. Em vinte e quatro anos de veterinário de bovinos jamais vertí uma lágrima.
Quem bateu na sua porta? Um camarada veterinário pediu-me que cuidasse de uma pequena fêmea de ouriço que pesava 25 gramas e que tinha perdido a tua mãe. Era do tamanho do meu polegar. O que fez com ela? Deixei-a em ambulatório, fui pra residência, porém não pude conciliar o sono, deste modo que me levantei e fui olhar como estava. Quando cheguei, começou a chorar, era um choro que ia direto ao coração e senti uma compaixão imensa. Por que por um ouriço e não por uma vaca? Estava acostumado a ver as vacas amarradas com correntes, habituado a sua aflição, era como se eu fosse parcela de um dispositivo que não me permitia a compaixão.
A alteração veio com essa formação, com Ninna, ela foi a que me abriu o coração ao sofrimento de todos os seres. O que ele viu nesta fabricação? Vi sua condição de órfã, a imaginei saindo da toca pra procurar a sua mãe, presa do horror. Em um instante, eu senti a sua solidão, a reconheci, era a mesma que a que eu sentia, sendo uma criança. O que você temia de moça?
o Meu pai era hipocondríaco, e eu o que eu herdei, estava repleto de aflição. Temia perder a minha mãe, temia o abandono, a carência, a solidão. E despertou a tua condolência. Com uma seringa a alimenté, e cada gota de leite que ela aceitava era uma gota de satisfação, percebi que as coisas utensílios não tinham seriedade. Até desta forma, havia lutado por possuir uma graciosa moradia, uma vida confortável, e tinha cuidado a minha aparência, eu queria querer. Depois de tomar o leite, Ninna dormia na minha mão e esboçavam um sorriso. Queria viver, tinha uma força vital extraordinária, e me transmitiu esse entusiasmo.
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Enquanto ela crescia, se agrandaba meu coração. Salvá-la, a ela era salvar a minha alma, Quem adora os animais se afasta um pouco dos seres humanos, por causa de costumam maltratarlos. Eu tinha um tanto de raiva dentro de mim, realmente cuidé mais nesse ouriço que a minha própria mãe, que sofria de uma doença pulmonar.
Mas no momento em que abri o centro de recuperação pra ouriços, eu podia enxergar sua agonia e aproximei-me dela. Quando você acorda, a condolência e você é qualificado de proporcionar-se aos outros, não importa quem, abre as portas do seu coração. Qual o tipo de relação que se pode ter com um ouriço? Quando se entende é doce e dócil. Os ouriços estão ativos, por noite, e Ninna e eu cada noite dávamos um enorme passeio pela floresta, afastava-se confiante e quando a chamava vinha muito rapidamente.
Mas os ouriços são animais selvagens e têm de viver em autonomia. Teve que compreender a se desfazer. Sim, sabia que deveria liberá-lo. Consegui comprar uma terra, a que chamei o paraíso, onde libertou os ouriços quando estão saudáveis.
o Não voltou a vê-la? Não, e foi difícil, por causa de eu nunca soube participar. No centro combatemos pra salvar a existência, é uma disposição intensa, e inclusive até quando se recuperam, os deixamos em liberdade, a todos lhes colocamos nome. É uma forma de dar carinho? Sim, em razão de o admiração é medicina. Animal significa alma, um ouriço para mim é uma alma. Convivendo com eles descobriram que têm desejos e medos, que se apaixonam e se zangam, que têm bons e maus dias.