Malasaña Como No Calçadão?

CLARO que todos a gente tem contradições. Algumas breves, novas arraigadas no centro de nosso caráter. Há contradições empobrecedoras e outras criam espaços do que ver, perceber ou habitar melhor o universo. E sim, muitas delas minam a importancia de nossos esforços por construirnos a nós mesmos pra além da herança familiar ou cultural. Mas há um inquisidor contemporâneo, de forma especial parvo: o que se exige, se você quiser a tua permissão para relatar “holi”, levar a tua coerência mais além do que permite a realidade. A título de exemplo: se você vai criticar o consumismo ou a precariedade, mais te vale não ter comprado um par de chinelos em sua vida (há alguma suposição de viver sem adquirir chinelos, caras ou baratas?).

É uma arapuca. Para começar, eu só irei viajar, e quando o faço por razões de trabalho, curiosidade ou amizade, me hospedo em hotéis ou em moradia de quem me convidou. Eu a-passo, evitando qualquer fila e toda a franquia, alérgico a parecer um estrangeiro. Afinal de contas isso oferece idêntico e, evidentemente, não muda nada: claro que sou um turista.

A fim de contas, Com as novas maneiras que estão adotando o universo, a maioria do tempo é um turista em sua própria cidade e, se for negligenciado, até na sua pisito mobilado como apart-hotel obsolescente. Quando vejo um casal de ingleses sorrateiramente com um espaçoso mapa apresentado obstruindo a passagem no meio da Praça de Cort, logo evoco a minha imagem tentando elaborar uma estante da Ikea em moradia.

Então fico com uma vontade grande de abrazarlos e expressar “I understand you”. O turista tem que ambicionar: ele é nós. Escrevo este Óleo de Palma do brasil, onde fiz o inadmissível, durante 5 dias por pôr o rosto de madrid.

saiu regular, em fração em razão de não existe tal cara. Quando viajo sou um companheiro exemplar. A minha vara de verificar o universo é a ilha: perante o Parlamento britânico não parava de me perguntar quantas Catedrais de Palma caberiam neste solar, suspeitando que o repercussão melhoraria a paisagem.

  • Transtornos alimentares e dípsicos (anorexia/bulimia, potomanía)
  • 1 Primeiros esboços
  • Os móveis que são tudo ecrã de imediato (quase) estão por aqui
  • October 26/27, The Hague: Wiki Techstorm

Desde há bastante tempo, isto se traduz em que saio de Maiorca e não paro de observar as execuções turísticas: o Malasaña como no Calçadão? Quantas sorveterias há por metro quadrado em Barcelona? O que precisa de Las Vegas que não tenha Magaluf?

Existe galeras em Palermo? O repercussão de tanta análise vai me deixando ainda mais deslocalizado, perdido no eterno paraíso homogêneo. Um universo em porção feliz, em quota, cansativo e terrível. Estes dias, a propósito, de volta a comentar sobre as condições dos cavalos que puxam as galeras palmesanas: estremece ler os artigos pela praça da Rainha, babeantes e dignos.

Leo em um terraço de madri, os argumentos animalistas contra as galeras em nossa cidade e parecem razoáveis. Pouco depois, encontro um livro de umas declarações de Nick Bostrom, especialista em inteligência artificial, a finalidade da automação do mundo do serviço, que prevê para o futuro rápido. De acordo com Bostrom, brevemente, os robôs irão homo sapiens numa presença supérflua, como o veículo fez com o cavalo.

Para os humanos nos restará a suposição de morrer de tédio, praticando um lazer obrigatório, ou nos reciclado pra realizar novas funções marginais e precárias, como os pobres cavalos que cruzam o Borne ou Central Park. Não imagino. Uma vez meu melhor amigo, ainda adolescente, chegou ao porto de Palma com tua irmã mais velha e, como não havia táxis, alugaram um carro para surgir em casa. Enquanto atravessavam a cidade em plena iluminação com a irmã reta como uma vela e orgulhosa como aristocrata húngara, meu companheiro estava fazendo uma bola no assento, falecido de humilhação, rezando pra que ninguém o reconhece. Sempre me fez rir essa estampa azconiana todavia, nesta hora que o penso, a anedota foi uma profecia cumprida.

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